E.I. acorda evoluir a partir da sua condiçom actual para a de umha organizaçom política nacional que
permita fazer mais efectiva a coordenaçom e incidência social do nosso trabalho, formar militantes e favorecer e impulsionar processos de fundo rumados a articular estrategicamente umha alternativa
independentista e socialista que ultrapasse a atomizaçom e o conflito fraccional em que
o independentismo está mergulhado.
Sabemos que ambos processos som complexos e ambiciosos e iniciamos a viagem sem quaisquer garantias de sucesso. No entanto, consideramos um dever patriótico intentar ambos objectivos com todos os nossos esforços.
A corrente social e política independentista que se representa no nome Espaço Irmandinho nom nasceu onte e tem nas suas humildes origens algumhas das melhores experiências de luita e combate deste País. Contodo, a nova organizaçom que pretendemos construir nom se reivindicará como a continuidade exclusiva do processo histórico de emancipaçom nacional e social.
Frente à retórica vazia, de uso infelizmente tam comum no universo independentista galego, o nosso agrupamento reivindica desde a humildade a legitimaçom através do trabalho diário e do esforço militante, do acerto constrastado na definiçom de tácticas e estratégias. Deste modo, admitindo a importáncia histórica que para o arredismo e o País tivérom organizaçons como a primeira UPG, o Partido Galego do Proletariado (PGP), Galicia Ceibe (OLN), o Partido Comunista de Liberación Nacional (PCLN), FPG, APU e, destacadamente, o Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC), achamos erróneo fundar as legitimidades actuais em experiências pretéritas ou acreditar que a sua simples invocaçom ou apropriaçom exclusiva seja a chave legitimadora da práxis política e social presente.
3. O perfil da nova estrutura independentista a constituir definirá-se por:
a. O funcionamento assemblear e participativo a nível teórico e prático, evitando a tradicional esquizofrenia entre as invocaçons à democracia interna e as práxis dirigistas de facto.
b. A supressom da dupla militáncia política, por constatarmos que a debilidade estrutural do independentismo galego actual é incompatível com a multiplicaçom de siglas e organizaçons políticas que se arrogam papéis de direcçom. Além disto, no nosso contexto nacional concreto e na situaçom objectiva e subjectiva do independentismo, a falta de generosidade política e o seitarismo tantas vezes associadas à dupla militáncia som alguns dos factores que, além de gerar categorias de militantes, carcomem e derruem as ilusons e expectativas colectivas. À vista destas experiências, nós configuraremos um agrupamento único de activistas com idênticos deveres e direitos e diversos níveis de compromisso.
4. Nesta nova jeira que inicia Espaço Irmandinho consideraremos a formaçom política e técnica da
militáncia como um objectivo fundamental e prioritário, dedicandolhe umha parte significativa dos nossos esforços e planificaçons. Esta revalorizaçom do processo formativo visa erguer um corpo de militantes crític@s, com capacidade de análise e iniciativa sócio-política, conhecimento próximo da realidade nacional e vitalmente motivad@s para os esforços que exige a materializaçom da nossa perspectiva política.
13. Consideramos que todos os métodos de luita sem exclusons som legítimos para impulsionar o processo de liberaçom nacional e social do povo galego. De facto, o rechaço do monopólio estatal da violência e o questionamento da sua legitimidade fam parte historicamente do ADN político do independentismo tanto como a prática da solidariedade com @s militantes que som objecto da repressom e a reivindicaçom da excarceraçom d@s que forem pres@s.
Assim, achamos que o necessário ponto de encontro de sensibilidades que concorrem no Movimento limita-se ao binómio constituido polo reconhecimento da legitimidade e a práxis da solidariedade com @s retaliad@s.
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