domingo, 2 de junio de 2013

Artículo de opinión sobre juicio a RG

Teresa Moure publica en el diario 'Praza pública' (praza.com) un artículo sobre el próximo juicio a acusados de pertenecer a Resistencia Galega del que ofrecemos un extracto:

Teto, Eduardo, Antom e Maria foram confinad@s nos cárceres do estado espanhol sob a acusação de terrorismo. Sem sangue derramado. Sem terem semeado o ódio. Porque às vezes as forças de segurança do estado espanhol entram numa casa ou num centro social, procuram dados comprometedores nos computadores, levam os telefones móbiles, fisgam nos documentos pessoais e fazem medrar a suspeita, ao amparo duma legislação pouco respeitosa.

O próximo 24 de junho, em Madrid, uns juízes decidirão o futuro de pessoas novas, ativas e sensíveis à precariedade social e ao espólio da sua terra, de pessoas que deixaram muitas horas das suas existências em trabalharem por causas coletivas. E aí cumpre valorar o feito de que peçam para @s pres@s galeg@s até vinte anos de prisão, argumentando pertencerem a uma banda armada. Segundo o artigo 139 do Código Penal, vinte anos é também a pena que se pagaria por um assassinato com sanha ou aleivosia. Uma petição semelhante para @s pres@s galeg@s parece desproporcionada e a proporção é a base mesma da justiça.

O estado nega os nossos direitos como povo, pretendendo uma servidão, em termos morais, jurídicos e políticos, própria de épocas obscuras. A questão da legitimidade do estado nem se formula no mundo do politicamente correto, onde aprendemos que as ideias podem ser defendidas apenas com as palavras. Mas para o independentismo galego, a diferença doutros combates que existem no mundo, não estamos a falar de luta armada, mas duma luta ideológica que se criminaliza; estamos a falar dumas poucas pessoas que se enfrentam a penas desmedidas. O próximo 24 de junho, em Madrid, uns juízes decidirão o futuro de pessoas novas, ativas e sensíveis à precariedade social e ao espólio da sua terra, de pessoas que deixaram muitas horas das suas existências em trabalharem por causas coletivas. E aí cumpre valorar o feito de que peçam para @s pres@s galeg@s até vinte anos de prisão, argumentando pertencerem a uma banda armada.  Segundo o artigo 139 do Código Penal, vinte anos é também a pena que se pagaria por um assassinato com sanha ou aleivosia. Uma petição semelhante para @s pres@s galeg@s parece desproporcionada e a proporção é a base mesma da justiça.

Ao sugerir que neste país existe uma organização terrorista abre-se a caixa de Pandora da criminalização. O percurso provável passa pela ilegalização de organismos sociais e políticos, o "descabeçamento" de possíveis estruturas a base de detenções; em definitivo, impõe-se um paradigma repressivo que convocará o consenso da justiça e os meios de comunicação. Por isso o juízo do 24-J está a solicitar um compromisso coletivo.

Teto, Eduardo, Antóm e Maria vão ser julgados em Madrid em junho. Temos direito a partilhar as suas ideias ou a dissentir delas. Mais denunciar a sua precária situação, e o feito de que nel@s ?nos seus corpos, nos seus futuros? se quer executar um castigo exemplar, que pretende tirar algumas ideias das nossas cabeças, é uma elementar questão humanitária. De alguma maneira, em 24 de junho julgam-nos.

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