A passada sexta-feira o aparelho repressivo espanhol sequestrava a um amigo e vizinho conhecido pola sua militáncia independentista e por ser um ativo solidário com presos e presas políticas. Ao chegar ao lar familiar após conhecer a notícia, o dispositivo mediático da maquinária repressiva já tinha feito um enorme trabalho, e a minha família já sabia que o nosso amigo e vizinho fora transformado num perigoso terrorista. Isto desatou umha enorme letania de “bons conselhos” por parte de meu pai e minha nai que iam desde o clássico “tendes nobles ideias mas nom vades cambiar o mundo”, passando polo “nom hipoteques o teu futuro” até o que alude a essa curiosa e ameaçante rebeldia vírica que “já se nos passará”.
E é que se há algo mais submisso e alienado que formar parte do povo trabalhador galego e nom luitar, é ser trabalhadora galega e desconhecer ou desprezar às muitas que luitárom e luitamos polos comuns interesses de povo, classe e género. Por esse motivo a burguesia espanhola investe esforços em ocultar o nosso passado rebelde, em desprover-nos de referentes históricos que fortaleçam o nosso imaginário colectivo como galegas e galegos; e quando a força da luita é inocultável recorre-se à manipulaçom e tergiversaçom quando nom à feroz repressom e à descarada criminalizaçom.
(...)
Em definitiva, em BRIGA cremos que hoje, Dia da Galiza Combatente, é um bom dia para reafirmar-nos no nosso compromisso, coerência, responsabilidade, solidariedade e combatividade juvenil. Reafirmar-nos com orgulho na nossa inteligência e coragem como melhor forma de combater a frustraçom e medo que Espanha, o Patriarcado e o Capital pretende impor. Reafirmar-nos no nosso passado rebelde cheio de combatentes que como Daniel Rodríguez Castelao desafiárom o poder confiando na nossa força como povo e no nosso irrenunciável dever de auto-organizaçom nacional.
Porque juntas, as de ontem, as de hoje e manhá mantemos viva esta Galiza Combatente disposta a ganhar.
VIVA A JUVENTUDE REBELDE GALEGA!

.- La organización Causa Galiza convocó en solitario (`por vez primera) en Santiago de Compostela otro acto con motivo del 'Dia da Galiza combatente' en recuerdo de los militantes del EGPGC Lola Castro Lamas y José Vilar Regueiro (Mariana y Marcos) muertos en 1990 en una acción del Exército Guerrilheiro al estallarles la bomba que llevaban. El acto discurrió bajo vigilancia policial.
No hay comentarios:
Publicar un comentario